
Era este o número de P.Maximiliano Kolbe, franciscano polonês aprisionado pela Gestapo em fevereiro de 1941 e levado para o campo de concentração de Auschwitz.
Em fins de julho desse ano, do bloco 14 em que ele se encontrava, fugiu um prisioneiro. Era costume que a punição fosse a condenação à morte de dez prisioneiros no “buncker “(prisão celular subterrânea) da fome”.
Fritsch, o comandante, escolheu aqueles que deviam morrer:entre eles Franz Gajowniczek que casado e com filhos, começou a chorar. Nesse momento, todos viram, atônitos, um homem sair da fileira dos que tinham sido poupados da morte. Era o nº 16 670, que com passo decidido dirigiu-se ao comandante e pediu para morrer no lugar de Franz. O comandante, perplexo, perguntou quem era ele e o porquê daquele gesto, jamais visto num campo de prisioneiros.
“-Sou um padre católico: Já sou velho e para nada mais sirvo. Ele tem mulher e filhos.”
O comandante concordou. Tudo acertado, o sub-comandante cancelou o nº de Franz e escreveu o de frei Kolbe: 16 670. Até então, nenhum homem rebaixado ao nível de simples unidade quantitativa ofereceu tantos títulos de honra ao triunfo da qualidade…
Era o dia 14 de agosto de 1941. Após 21 dias de lenta agonia na fome e na sêde, havia ainda no “bunker” 4 sobreviventes. Só o padre Kolbe se mantinha lúcido, sentado num canto em profunda oração. “-Estendeu ele mesmo o braço para a injeção mortal que o médico aplicou, depois de rezar pela ultima vez a Ave Maria” – testemunha mais tarde, Bruno Borgowiec, prisioneiro polonês utilizado como coveiro do“bunker"
Quando morreu em Auschwitz, padre Kolbe tinha 47 anos.
Foi canonizado em 10 de outubro de 1982, como um “Santo do nosso tempo”.
As obras fundadas pelo padre Kolbe, continuam mais vivas que nunca e espalhadas pelo mundo inteiro.
"Conquistar o mundo inteiro, todas as almas, para Cristo, pela Imaculada, usando todos os meios lícitos, todas as descobertas tecnológicas, especialmente no âmbito das comunicações".
Era o ideal do Padre Kolbe, o”Cavaleiro da Imaculada”.
Era o ideal do Padre Kolbe, o”Cavaleiro da Imaculada”.