segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O nº 16 670



                                


                  Era este o número de P.Maximiliano Kolbe, franciscano polonês aprisionado pela Gestapo em fevereiro de 1941 e levado para o campo de concentração de Auschwitz.
Em fins de julho desse ano, do bloco 14 em que ele se encontrava, fugiu um prisioneiro. Era costume que a punição fosse a condenação à morte de dez prisioneiros no “buncker “(prisão celular subterrânea) da fome”.
               Fritsch, o comandante, escolheu aqueles que deviam morrer:entre eles Franz Gajowniczek que casado e com filhos, começou a chorar. Nesse momento, todos viram, atônitos, um homem sair da fileira dos que tinham sido poupados da morte. Era o nº 16 670, que com passo decidido dirigiu-se ao comandante e pediu para morrer no lugar de Franz. O comandante, perplexo, perguntou quem era ele e o porquê daquele gesto, jamais visto num campo de prisioneiros.
    “-Sou um padre católico: Já sou velho e para nada mais sirvo. Ele tem mulher e filhos.”
              O comandante concordou. Tudo acertado, o sub-comandante cancelou o nº de Franz e escreveu o de frei Kolbe: 16 670. Até então, nenhum homem rebaixado ao nível de simples unidade quantitativa ofereceu tantos títulos de honra ao triunfo da qualidade…
             Era o dia 14 de agosto de 1941. Após 21 dias de lenta agonia na fome e na sêde, havia ainda no “bunker” 4 sobreviventes. Só o padre Kolbe se mantinha lúcido, sentado num canto em profunda oração. “-Estendeu ele mesmo o braço para a injeção mortal que o médico aplicou, depois de rezar pela ultima vez a Ave Maria” – testemunha mais tarde, Bruno Borgowiec, prisioneiro polonês utilizado como coveiro do“bunker"

         Quando morreu em Auschwitz, padre Kolbe tinha 47 anos.

         Trinta e cinco anos mais tarde, Franz Gajowniczek, salvo por Kolbe, assistiu em Roma a sua beatificação.
         Foi canonizado em 10 de outubro de 1982, como um “Santo do nosso tempo”.
        As obras fundadas pelo padre Kolbe, continuam mais vivas que nunca e espalhadas pelo mundo inteiro.
      "Conquistar o mundo inteiro, todas as almas, para Cristo, pela Imaculada, usando todos os meios lícitos, todas as descobertas tecnológicas, especialmente no âmbito das comunicações".
       Era o ideal do Padre Kolbe, o”Cavaleiro da Imaculada”.